segunda-feira, 22 de março de 2010

yES, mULHERES








*Filho do poeta Vinicius de Moraes (1913-1980), o fotógrafo autodidata Pedro de Moraes iniciou-se na finada revista Manchete. Sua missão, flagrar os ambientes artístico-popularescos do Rio de Janeiro.

Durante a ditadura, Pedro alistou-se nas fileiras do Cinema Novo: foi diretor de fotografia de grandes cineastas, como Joaquim de Andrade (Guerra Conjugal, 1975), Glauber Rocha (Idade da Terra, 1979) e Gustavo Dahl (Em Busca do Ouro, 1965).
Em 1967 e 1968, suas câmeras Laica/Rolleyflex serviram aos levantes da esquerda. O fotógrafo se diz confesso admirador do lendário correspondente de guerra, o húngaro Robert Capa, que postulava: "Se as fotografias não são suficientemente boas, é porque não se está suficientemente perto".
Mas a arte de Moraes não estacionou no "engajamento". Nesta série, "Mulheres", sua lente desvela o universo feminino brasileiro dos anos 60, tão denso (e, como se vê, sem muita "repressão" por parte delas) quanto a política daqueles tempos.
"É mal de família, está no DNA", brinca Pedro de Moraes, aludindo ao pai - mestre no assunto. Bom filho, ele se dobra ao gênero: "Elas me ensinaram 80% de tudo o que eu sei".
Dê uma chegadinha no site dele, e veja quantos retratos de dar água na boca.

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